quinta-feira, 3 de junho de 2010

Chuva Fina

A manhã hoje não foi como as outras, o frio da chuva e o cheirinho do orvalho pareciam mágicos, nem dava pra lembrar de momentos sem sabor como de outros momentos, mas distante na imensidão do céu entre as gotas de água podia se ver uma imagem, forte, marcante, inesquecível.

O desenho perfeito de alguém que nesse momento se encontra longe. Os meus olhos brilharam de modo que meu corpo não mas obedeceu meus comandos e conforme a luz do dia ia penetrando a janela do quarto a figura desaparecia e a dor do meu peito crescia queimando e dilacerando. As lagrimas caíram e o que pensei ter passado voltava a me assombra como fagulhas no mato seco.

Meu sentidos já perdidos apenas seguiram as ordens do coração que segurou papel e caneta e entre rabiscos e lagrimas esculpiram esses textos.




Que não haja mais vida!

Não... Não posso viver em outro lugar
A não ser em seus braços...
Pois você é meu grande amor!
Fizemos trocas, de beijos, carinhos
E fizemos revides de amor.
Você tem o que me dar...
Sempre me deu...
Não quero ser culpado... Por amar você!
Desfazer essa existência seria como
Negar a própria vida...
Negar o ar que eu respiro!
“O virtual, rigorosamente definido,
Tem somente uma pequena afinidade com o falso,
O ilusório ou o imaginário “
Mas você é...
Foi...
E será real... Boca na boca, pele na pele.
O mundo exterior não me influencia,
Nada influencia quando meus lábios pronunciam
A frase “eu amo você”!
Os dias, as noites e as madrugadas, foram sinceras...
Onde tudo e quando começou o poeta contou...
Sem mentiras e sem enganos...
A promessa não foi quebrada, apenas modificada,
O ser humano erra, se arrepende, perdoa...
Os poetas aprenderam a amar para poder perdoar...
Amo você...
Perdoo o mundo!
A paciência nada mais é que ver mentiras presentes...
Supostos romances, onde se tropeça na própria palavra...
E quem percebe... Tem, ou a joga!
E você voa alto sim... Em direção as montanhas
Onde meu corpo lhe espera.
Um corpo que faz moradia
A uma alma...
O poeta sabe chorar, e ainda tem marcas das lágrimas
Difundidas com a dor, com a mágoa, com o desprezo!
Lágrimas por você, para você e com você...
A festa do poeta não é pobre... É rica de sentimentos,
Recheada com muito amor, vivida de uma forma plena,
Escrita em versos, poemas de amor!
Poemas que gritam verdades...
Sinceridade...
Se há revolta e desprezo de um lado...
Há amor incondicional do outro lado...
Se as juras do poeta não tem valor
Que valor terá uma vida?
Se o amor do poeta é desacreditado
Que valor terá seus poemas?
Se a vida para o poeta não tem sentido sem você
Então que não haja mais vida!

(Rodrigo Costa)




Uma história!
Ontem me lembrei da nossa história
Sob um refrão de uma seresta
Revivi nossos momentos!
Criei tantas situações
Empolguei-me em emoções.
Vi a magia do seu corpo deitado
Em algum lugar esquecido
Onde para nós o céu nos sorria
E a praça acolhia
A simplicidade dos amantes.
Vi sua mão segurando a minha
Nas ladeiras insignificantes
Mas que nossos olhos, porém
Sentiam a força desse momento.
Vi sua voz chamando meu nome
Meu sorriso encabulado
Palavras enroscadas
Vi o medo do “não querer”.
E o beijo que não acontecia
Enquanto as esquinas nos espiavam
E na surpresa do tempo
Os lábios se colaram
E os corpos se abraçaram...
Eu vi a entrega do corpo e da alma
Os sussurros causando tremores de amor.
Eu vi a lágrima surgir
Quando a distância foi nascendo.
Eu vi um amor se concretizar
Que pode o infinito parar
Esse amor nasceu para ficar!
(Rodrigo Costa)







Não sei o que pode passar por mim nesses momentos em que minha sanidade voa para fora de mim, e os sentimentos ficam, murmurando o pensamento de quem desejaria pelo menos um minuto desaparecer do mundo.








A PEDIDO DA ROSANA

"A Ausência, a Distância pode separar Dois Corpos mas NUCA Dois Corações"

Entre Dois Amores

Por um lado a noite,

Refletindo a paixão da lua,

Trazendo o mistério dos sonhos,

Irradiando os encantos poéticos,

Murmurando palavras obscenas,

Num envolvimento lunático,

Das ausências,

No encontro indefinido do ser só.

Que transbordam os rios,

Em corredeiras selvagens,

Em delírios frenéticos,

E voltam sempre ao mesmo lugar.

Por outro lado o alvorecer,

Com seus raios ensolarados,

Colorindo os sentidos,

Objetivando promessas,

De um alaranjado entardecer,

Talvez sem flores ou poesias...

De palavras doces,

Definindo o encontro do não só ser.

Que enxugam os rios,

Em calmas passagens,

Que muda o seu curso,

E o levam para o mar.

Nessa entressafra me encontro,

Como ser alado que sou,

Sobrevoando entre os dois pólos,

Em direção a nenhum,

Esperando o eclipse do sol,

E o despertar da noite,

No alvorecer.

(Rodrigo Costa)

Boa noite e desculpem o sangra de um poeta já quase morto. !

Um comentário:

  1. Bacana seus textos e poemas. A ironia do sentimento é o sentir sempre diferente ao ler.
    Obrigado pelo comentario no meu blog.
    http://robsongbrito.blogspot.com/

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