“Amor meu grande amor, não chegue na hora marcada...” pare o tempo e me
faça esquecer o que tudo passa. Sim, deixe-me colocar minhas palavras e depois
me aproximar de você. “Pois tudo que ofereço é meu calor, meu endereço...” para
que me encontre pelos cantos da tua memória, nas tuas mãos e braços, no teu
amor, no teu abraço. Depois de tudo o que vivemos e tudo o que passamos, as
luzes já podem se apagar, porque eu ainda estarei ao seu lado, respirando o seu
cheiro, sentindo o seu corpo mais perto. Então eu te abraço forte, você toda
minha sorte, detalhes de nós dois em um cômodo da casa, em um canto da sala, em
cima da cama, no lençol, no travesseiro, na pele, normal e do avesso.
Decifrando teus gestos transloucados, o teu ridículo, cantando a canção, viver
de fora pra dentro, a toda hora, a todo o momento. E te pegar no colo, vir do
teu riso, afogar as tuas lágrimas.
Mas agora eu me torno parte do seu passado, aquela parte que não dura, e
posso ver há quanto tempo está dando voltas em torno do que está obvio. E
percebo que a hora de fincar os pés no chão no chão chegou pedir ajuda,
desistir! Apenas pensa no que está por vir. Queria encontrar algo que possa
esquecer, pois faz muito frio lá fora, fora da minha janela. Porque isso é a
primeira coisa que vê quando abre os olhos, a ultima coisa que diz quanto está
dizendo adeus. E algo dentro de mim chora, me fazendo simplesmente segui em
frente, pois se mesmo assim você não tivesse me achado, eu teria
achado você.
Cibele
Siqueira
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